ESCOPO

Em sua essência, o modelo MCPAD® especifica critérios para monitoramento da evolução da
CAPACIDADE da organização
, no contexto da agenda VBHC, por meio do seu grau de aderência à 40 Práticas,
descritas em detalhes em GUIA DE PROJETO DE SERVIÇOS DE SAÚDE BASEADOS EM VALOR
- Diretrizes e Práticas para a Transformação Organizacional.

O MCPAD® foi concebido tanto para monitorar e certificar tanto a execução de processos relacionados à captura, processamento e análise de desfechos clínicos - (um escopo válido, mas restrito) - como também para especificar , monitorar e certificar o grau com que a organização está amadurecendo sob a gestão do VMO, ou seja, o grau em que o conhecimento e aprendizado oriundos da captura dos desfechos pelo VMO está se institucionalizando na organização.

Assim, define-se CAPACIDADE como a soma de competência e maturidade nas Práticas do modelo: 
CAPACIDADE = COMPETÊNCIA + MATURIDADE

Em síntese, competência diz respeito à previsibilidade dos processos executados pelo VMO, descrevendo a faixa de resultados esperados e fornecendo bases para a previsão das respostas mais prováveis de aferições de desfechos das linhas de cuidado assistencial que venham a ser incorporadas pela organização.

Um nível de maturidade, por sua vez, é um platô evolutivo bem definido no rumo desejado. Cada nível de maturidade abrange um conjunto de metas e procedimentos que refletem a estabilização de um componente do processo de amadurecimento, e fornece uma base de referência para sua melhoria contínua. Os TEMAS MACRO que orientaram a construção do modelo foram inspirados em parte na concepção clássica da engenharia, e são definidos pela busca de previsibilidade, confiabilidade,estabilidade, controlabilidade e precisão.

A partir dos temas macro, foram identificados TEMAS CRÍTICOS que compõem o primeiro nível de desdobramento rumo ao estabelecimento da coleção de Práticas que definem o MCPAD®.

Os temas críticos definem dois domínios:
 
  • Domínio organizacional: trata da gestão das funções e relacionamentos intra-organizacionais e entre parceiros de negócio e demais stakeholders que são necessários para que as Práticas do modelo sejam realizadas com sucesso.

  • Domínio técnico/quantitativo: trata do uso de métodos estatísticos para garantia do rigor dos resultados do ciclo de captura, processamento e análise dos desfechos.

A singularidade da área de capacidade “PRECISÃO e ACURÁCIA”

Em relação à área de Gestão da Precisão e Acurácia, ressalta-se que credibilidade em desfechos reportados por prestadores é condição para que a promessa da agenda VBHC torne-se realidade. No entanto, hoje não há nenhuma entidade que se proponha a certificar precisão e acurácia de desfechos.

As Práticas de Gestão da Precisão e Acurácia têm como foco a garantia do rigor com que os desfechos para cada condição médica estão sendo aferidos, o que se reflete imediatamente no rigor com que se pode declarar que certo prestador é mais ou menos capaz.

As PrÁTICAS nessa área ressaltam o uso de técnicas específicas para planejar e executar as atividades de captura, processamento e análise de desfechos, incluindo validações de questionários e scripts de pesquisas, uso de softwares e métodos especializados ,avaliação de validade estatística, e ajuste de risco. É nesta área de capacidade que o MCPAD® se diferencia de normas análogas. As PRÁTICAS relacionadas a ela constituem a real singularidade do modelo.

Desta forma, o modelo MCPAD® fornece as bases para avaliação da credibilidade dos desfechos, assim como fornece as diretrizes necessárias para o projeto de estruturas destinadas a aferir desfechos em organizações de saúde.

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